virtudes, são na realidade facultativas... pois que não passam de instinctos... de verdadeiros preconceitos que a natureza nos impõe... por que necessita d'elles para a conservação e progresso da sua obra... Gosta de submetter-se a esses instinctos... eu não gosto... eis a unica differença que nos separa.

«―Mas eu não te disse e não repeti mil vezes, desgraçada, que o dever, a honra, a propria felicidade consistiam na submissão a essas leis naturaes, a essas leis divinas?!

―Disse-m'o, «e assim o julga, bem sei... Eu, pela minha parte, creio o contrario. Creio que o dever, que a honra d'uma creatura humana consiste em revoltar-se contra essas servidões, em sacudir essas cadeias com que a natureza... ou Deus, como quizer, nos prende, nos opprime, para nos fazer cooperar, contra a nossa propria vontade, n'um fim desconhecido... n'uma obra a que somos estranhos... Ah! de certo. O meu tio disse-me e repetiu-me mil vezes que era