para si não sómente um dever, mas até uma alegria, o poder contribuir humildemente pelos seus trabalhos e pelas suas virtudes para não sei que obra divina, para não sei que fim superior e mysterioso, que é como o alvo supremo, a que o universo se encaminha...

Mas que quer? esses prazeres deixam-me a mim perfeitamente insensivel; não tenho o minimo desejo de levar a vida a constranger-me, a privar-me, a soffrer, para preparar, a não sei que futura humanidade, um estado de felicidade e de perfeição, do qual nada gosarei, festas a que não posso assistir, paraizos, emfim, onde não entrarei nunca!...


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E depois de continuar n'este tom meia hora, amontoando paradoxos, argumentos falsissimos, dos quaes a sciencia humana nunca, que eu saiba, se serviu, acrescenta:

«Um crime foi o que eu perpetrei?... Mas isto de crime não passa d'uma palavra, bem sabe.