porque ella é eu; porque o mal que ella se faz a si me fere o coração; porque a sua vergonha me faz corar; porque os seus crimes dilaceram as minhas entranhas; porque não posso comprehender o paraizo na terra ou no céo para mim sósinha.»
E como o grande escriptor de madame Bovary, na sua eterna lucta contra o que elle chama a bêtise humaine, continúa a expandir-se em manifestações colericas que irritam quem lhe lê as cartas, Georges Sand, sempre serena e doce, sempre maternal, responde-lhe:
«Quanto mais desgraçado és, mais eu te quero!
«Como te apoquentas, como te affliges com a vida!.. Porque, no fim de contas, é da vida que te queixas. Ella nunca foi melhor em tempo algum, para ninguem! A gente sente-a mais ou menos, comprehende-a mais ou menos, soffre por causa d'ella mais ou menos, e quanto mais adiantado está em relação á epocha em que vive, mais tem de