resolvi ainda a ter-lhe um bocadinho de affecto?

Não sei! É talvez um capricho de mulher, indigno de manifestar-se á luz do dia, irracional, como tanta cousa feminina; mas que eu teria escrupulo de não confessar aqui, com intrepidez heroica.

Não é na verdadeira Hollanda―não direi na Hollanda em carne e osso, mas em agua e lodo!―que eu gostaria nunca de viajar.

Na outra, sim. Na Hollanda de Ramalho Ortigão, n'essa fulgurante e magnifica Hollanda, tão deliciosamente phantasista, perco-me eu a cada instante n'um enlevo de admiração sentida, e é das suas paginas, coloridas como um quadro de Rembrandt, que eu tento dar, aos que as não leram ainda, uma idéa, posto que imperfeita, remota, incompletissima.