Orizes........................ pag. 183
Tinha planeado uma composição de dimensões maiores, e
não a levei a cabo, por intervirem outros trabalhos, que de
todo me divertiram a attenção. Foi o nosso eminente poeta e
litterato Parto Alegre, hoje barão de Santo Angelo, quem, ha
cerca de 4 annos, me chamou a attenção para a relação de
Menterroyo Mascarenhas, Os Orizes conquistados, que vem na
Rev. do Inst. Hist., t. VIII.
A asperesa dos costumes daquelle povo, habitante do sertão
da Bahia, cerca de duzentas legoas da capital, sua rara energia,
as circuiastancias singulares da conquista e conversão
da tribu, eram certamente um quadro excellente para uma
composição poetica. Ficou em fragmento, que ainda assim não
quiz excluir do livro.
A ave sagrada, o nume de seus bosques,
Que de agouro chamamos, Cupuaba,
Melancholica e feia, mas ditosa
E benéfica entre elles............. pag. 188
«Lastimosamente cegos de discurso, reconhecem e adoram por deus a coruja, chamada na sua linguagem Oitipô-cupuaaba;