to, mas é seguro. Homens e mulheres feitos, não deixarão de amar as mães — quem o duvída? — Mas com esse amôr protector que se tem a uma boa e delicada ama que nos acalentou e amimalhou na infancia, o amôr deprimente que se tem pelos inferiores; não o sagrado afecto do filho, que o é, triplicemente, pelo sangue, pela amamentação e pela inteligencia desabrochada ao calôr do ensinamento materno.
O convencionalismo, a mentira social, encobre com falsos sentimentos verdades que julga crimes, mas que a natureza, na sua rudesa primitiva, não considera tais. Assim, quando a uma criatura em evidencia, pela sua nova posição social, se descobre uma quasi vergonha que as faz esconder a inferioridade dos pais, todos se indignam e lh'o lançam em cara como sangrento insulto.
Parece-nos um crime contra a natureza, mas na realidade é um sentimento bem humano e desculpavel nessas criaturas, roídas de ambições, na ânsia de fruir gosos inéditos para os nados e criados na pobresa.
Quanta superioridade de ânimo lhes seria