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Ás mulheres portuguêsas

se, ao lado da escola, não houver a oficina escolar, o asilo modelo donde a criança, rapaz ou rapariga, sáia preparada para entrar desassombradamente na vida, sabendo ganhar a sua subsistencia pelo oficio que escolheu. Da escola, assim acompanhada, deverá a criança sahir sabendo lêr, escrever e contar, sabendo sobretudo trabalhar metodicamente e com nobre orgulho da sua profissão.

Ora é isto o que os governos, só por si, não pódem fazer se os não auxiliar a boa vontade e iniciativa particular, já fazendo propaganda entre o povo, já distribuindo livros gratuitamente, fundando escolas e bibliotécas, dando premios ás crianças aplicadas, contribuindo para tornar a casa de estudo artistica e agradavel, ensinando mesmo os professores e fornecendo-lhes maneira de se educarem nobilitando o ensino, por assim dizer.

É da iniciativa particular que devem partir as bôas ideias exequiveis, que o governo será obrigado a auxiliar e adoptar, quando a opinião pública as impônha.

É isto o que é preciso fazer e é isto o que es-