tagem dos cerebros verdadeiramente superiores em qualquer dos sexos. Não é, pois, justo que por falta de educação se percam aptidões que nem sequer chegaram a manifestar-se, talentos de que nem sequer se suspeita...
Se os mais ardentes sectarios dos velhos preconceitos já chegaram á conclusão egoista de que é preciso educar o povo para que se não percam tantissimos talentos que podem beneficiar a humanidade, não é justo — ainda que não seja senão pelo mesmo motivo — condenar á ignorancia, na mulher, metade dessa mesma humanidade.
Dever-se-ha pensar que Clemence Royer, honra e gloria da França, sabia entre os sabios, espirito todo precisão, clarêsa e método, não teria sido o que foi se, por um mero acaso, tivesse nascido em Portugal ou em outro qualquer paiz, onde, como no nosso, se descure a educação feminina.
As mulheres conservam-se entre nós numa indiferença quasi total pelas conquistas que dia a dia vão marcando um passo de avanço para o triunfo definitivo do espirito sobre a ma-