mado prompto a entrar para o tumulo historico das nações que só vivem do passado.
Mas podeis ainda resistir. É tempo ainda de sacudir a apathia egoista em que vos conservaes ante todas as angustias colectivas do paiz, e mostrar ao mundo que o povo português não morreu ainda, porque as suas mulheres, as mães, têm sempre no coração a imagem estremecida da Patria, e ensinam os filhos a respeita-la, a ama-la mais do que á sua noiva, mais do que aos seus proprios pais.
A nação amada pelas mulheres não morre nunca na historia.
Martirisada, dividida, conquistada, não morre emquanto as mães transmitirem aos filhos, com o leite dos seus peitos, o sangue das suas veias, o fogo das suas palavras, o despreso aos vencedores e o amôr á terra que foi de seus avós, á terra onde existe a sua casa, que é o seu lar.
Começam por ensinar-lhes no berço, acalentando-os com ellas, as lendas e cantares da sua patria; acabam por lhes indicar o caminho por onde enveredaram os que sofreram e morreram contentes pela sua gloria.