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— Não tenham medo de coisa nenhuma, disse ela por fim. Arranjei umas granadas de mão otimas para espantar onças.

— Granadas de mão? repetiu Pedrinho franzindo a testa. Que historia é essa, Emilia?

— Uma surpresa. Preparei-as com a ajuda dos meus besouros. São cinco, numero suficiente para espantar cem onças que sejam.

— E onde estão?

— No telhado.

— Por que, no telhado?

— Botei-as lá para estarem ao meu alcance no momento em que as onças aparecerem e nós estivermos sobre as pernas de páu. Tambem botei lá pão com manteiga, um guarda-chuva e mais coisas. Póde nos apertar a fome, póde chover...

— Narizinho estava intrigadissima com o negocio das granadas.

— Explique isso melhor, Emilia, pediu ela. Que granadas são essas?

— Nada posso dizer. Segredo. Só adeantarei que são de cera e do tamanho de laranjas baianas.

Granadas de cera, do tamanho de laranjas baianas! Ou a boneca estava de miolo mole... ou... ou... Em todo o caso, como fosse Emilia uma danadinha

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