D. Luísa de Paiva e sua filha desceram do palanquim, e recebendo as saudações dos cavalheiros que estavam parados no adro, dirigiram-se à capela-mor onde já estavam as almofadas de veludo roxo, que então as damas faziam conduzir à igreja por pajens escravos.

Chegada à porta que abria da sacristia para a capela, Elvira lançou um olhar em volta do pavimento já quase inteiramente ocupado pelas damas, e viu a sua almofada colocada no centro ao pé de uma menina que tinha o véu descido, a mesma que poucos antes tanto havia excitado a atenção de Estácio Correia.

Imediatamente a moça, roçagando a vasquinha curta, deu um passo para tomar o seu lugar.

— Fiquemos ali, disse D. Luísa mostrando o estrado.

— Tenho a minha almofada perto de Inesita, respondeu Elvira voltando-se.

— Bem; não te esqueças!...

— Oh! não; tenho-a de cor, disse a moça com um sorriso malicioso.

E atravessando por entre as outras damas, foi ajoelhar-se ao lado de Inesita, que embebida na sua oração tinha os olhos baixos e as pálpebras descidas.