— Por quem roga a minha santinha com tanta devoção? perguntou Elvira baixinho.
A menina sobressaltando-se corou através do véu; depois sorriu à sua amiga.
— Vieste tão tarde! disse ela em tom de queixa.
— É que não tinha alguém que me esperasse com seu olhar todo melancólico.
— Cala-te; estão nos olhando, balbuciou a moça.
— Se nos olham, menina, é que nos querem, respondeu a amiga sorrindo.
Estácio e Cristóvão tinham entrado pouco havia; colocados junto à grade que dividia a capela do corpo da igreja, não perdiam nenhum dos movimentos das duas meninas.
— Tua mãe?... perguntou Inesita.
— Não a vês na frente, bem próxima ao altar? Dela não há susto, continuou a moça gracejando; enquanto não desfiar a última conta do rosário e não recitar todas as orações do livro dominical, não dá por coisa alguma.
— Pois desce o véu, não te voltes, e podemos conversar enquanto não principia a missa; pensarão, vendo-nos falar, que dizemos nossas rezas.
— Sonsinha que és!... exclamou Elvira com um