passo airoso de pantomima ou fazer um batão e uma floreta, como no exceder-se pelas armas e feitos guerreiros.

A dança não era então como atualmente desfastio ou pretexto de conversa, mas uma arte que se cultivava com esmero, e dava ao corpo a flexibilidade das formas e o donaire dos gestos e maneiras; qualidades estas indispensáveis em uma época em que o vestuário elegante e garrido obrigava o homem, sob pena de ridículo, a ter a perna bem torneada, o talhe esbelto, e a rasgar uma cortesia exatamente copiada dos mais belos modelos da corte de D. João II.

No momento em que os dois amigos entravam, dançava-se um bailo de machatins.

Essa linda composição coregráfica, inspiração de um artista de talento, cujo nome a história ingrata deixou no silêncio, fora inventada em 1603 na Vila Viçosa por ocasião das grandes festas que se fizeram com o casamento de D. Teodósio II, Duque de Bragança. Apesar de seis anos de existência era ainda nos saraus a novidade ou, como hoje diríamos, a última moda dos casquilhos da Bahia e Pernambuco.

Inesita fazia uma das figuras do bailado, e esquecia-