Ao lado esquerdo do pergaminho via-se o selo chão em lacre preto com a mutra do anel que usava o Geral; logo abaixo a nota do registro feito na secretaria da Ordem.
Quando o provincial, terminada a leitura, pronunciou pela segunda vez o nome do homem que a mil léguas de distância fazia estremecer todos esses velhos encanecidos e provados nas vicissitudes da vida, os olhares dos jesuítas cruzando-se caíram sobre o rosto do P. Gusmão de Molina, como para lhe arrancarem da fisionomia o motivo da nomeação secreta e do poder imenso de que se achava revestido.
O assistente ou visitador era um dos mais altos cargos da Companhia; só tinha superior em hierarquia o Geral, de quem era delegado e representante. Dentro da nação ou da província a que era enviado, governava como soberano até o momento em que o poder supremo, que o tinha elevado, o quebrasse de repente como um torrão de argila.
Depois do P. Inácio de Azevedo, morto em 1569 às mãos dos corsários huguenotes, que capturaram a frota, em que vinha ele com sessenta religiosos e o Governador D. Luís de Vasconcelos,