nomeado para suceder a Mem de Sá, nenhum outro assistente fora mandado ao Brasil. Quarenta anos durante o Geral deixara a direção dessa província entregue ao prelado ordinário.
Era natural pois que os padres ficassem surpresos; essa nomeação secreta, que não lhes fora comunicada, nem de Portugal, nem da Espanha, indicava um acontecimento de grande alcance, ou uma reforma no governo da província; qualquer desses dois pontos interessava altamente os professos da Bahia, para que eles se apressassem em conhecer as intenções com que vinha o P. Molina.
Mas a fisionomia deste não respondeu aos olhares interrogadores.
Calmo e frio, o assistente acompanhara a leitura do breve; seu rosto não tinha expressão, ou se a tinha, era indefinível; não se podia distinguir, que sentimento dominava naquele semblante imóbil, se a indiferença e a bonomia, ou a severidade gélida e impassível. Os olhos em vez de projetar os raios visuais, pareciam voltá-los interiormente, deixando a pupila baça e pasma como um vidro a que o vapor houvesse empanado o cristal.