cumpria seus deveres de cristão do que amparando a viúva.
Enquanto se demorava na cidade, todos os dias que Deus dava, o serão ia passá-lo em casa de Mariquinhas. Chegados à janela do oitão, ou sentados ao pé da mesa onde ela à luz da candeia fiava, conversavam como dois amigos velhos do seu bom tempo que passara, até a hora em que a frugal ceia fumegando sobre o alvo mantém, os convidava à refeição. Havia porém um ponto em que nenhum se animava a tocar: página do coração que cerrara para não mais abrir. Era a tarde que decidira de seu mútuo destino.
Amavam-se ainda?
Era de pensar que não; pelo menos nenhum deles acreditava possível já agora, o que não fora outrora na flor dos anos seus. Viviam na doce confiança de uma terna e pura amizade. Se alguma suave esperança, das que brotaram na primavera do coração, ainda reverdecia às vezes na monotonia do presente, breve se finava no silêncio de suas almas já ermas de amor.
Naquela noite de ano-bom, fadada para tantos acontecimentos desta história, a primeira luminária a luzir entre os coqueiros e João Fogaça que