— Não quero ouvir nada. Deixai-me sossegada; estou cansada de aturar magarefes!
Tiburcino quis segui-la, mas debalde: a mulatinha tinha-se perdido na turbamulta. Então o tomou tal acesso de raiva e ira contra si mesmo, que aferrando um punhado de cabelos, arrancou-o com desespero.
Estava escrito, que a tia Eufrásia passaria nessa noite por todas as provanças; tendo-se aproximado para ouvir a conversa de Joaninha, que lhe devia dar tema vasto de murmurações, acertou que a mão de Tiburcino, com o movimento brusco que ele fizera, deu tal repelão nas ventas da matrona que a estendeu a fio comprido.
— Aqui d'El-Rei!... Que me matam!
O amante infeliz de Joaninha, preocupado com seu infortúnio, nenhum caso fez do acidente; maldizendo-se do seu caiporismo, foi afogar as mágoas com um trago de vinho de Caparica na bodega do Brás Judengo.
A retirada porém não o salvou da ladainha de epítetos afrontosos, que a adela cantou em todos os tons, e com as várias modulações da voz fanhosa e esganiçada.
— Magarefe dum demo! Cão tinhoso! Coisa