as aulas do Colégio como simples escolar. Os jesuítas tinham então a seu cargo a instrução primária, especialmente nas colônias, onde eram raros os mestres particulares; em remuneração de tal serviço, bem como da obra da catequese, recebiam eles do Real Erário uma côngrua de quatro mil cruzados.
Não agradou ao P. Manuel Soares o desfecho do negócio, e pois de combinação com o provincial tratou de solver a dificuldade inesperada. Recorreu à astúcia, tantas vezes empregada pela Companhia, com bom êxito. Sob pretexto de tomarem a Estácio termo de matrícula nas aulas, lhe deram a assinar um auto de noviciado, que Álvaro de Carvalho em boa-fé subscreveu.
Seguiam-se outras cartas relativas à memória das minas de prata em que o P. Manuel Soares trabalhava com fervor; em cada missiva dava ele uma resenha de seus esforços e pesquisas no desempenho da importante tarefa que lhe fora cometida; em uma das últimas da coleção anunciava o infatigável cronista a importante descoberta que fizera de uma testemunha, cujo depoimento punha feliz remate à sua obra.
Sem dúvida não partilhavam os padres de Lisboa a fé