que mostrava o Rev. Manuel Soares em suas laboriosas investigações, pois nada resolveram apesar das repetidas instâncias, e afinal deixaram sem resposta as suas cartas. Não desanimara contudo o denodado cronista, e de vez em quando dava cópia de si, reiterando ao provincial de Lisboa suas rogativas para que se tirasse o fruto dos esforços de tantos anos.
Como acabava Molina a interessante leitura, caiu a noite.
Tratou o jesuíta de acender a candeia na lâmpada do corredor; conservava ele ainda na mão a carta em que P. Manuel Soares falava da testemunha de vista que acompanhara o pai de Robério Dias na descoberta das minas de prata. Sem dúvida por inadvertência e distração, machucou-a e acendeu na lâmpada para transmitir a chama à candeia; quando deu por isso, estava o papel reduzido a cinza.
Nessa mesma noite, depois da reza, impetrou o P. Molina do provincial permissão para seguir sem demora a Roma, na pia intenção de beijar o anel de Sua Santidade e a mutra do vigário-geral da Ordem. Não desejava professar no 4.º voto, sem ter feito essa pia romagem.
Estava nessa ocasião