eu, antes me serve ele a mim, pois me paga, mui mal, é verdade. Quanto a ir eu a pé, me agrada mais. D. Rui de Bivar, meu compatriota, andava com seus pés; todo o bom castelhano deve fazer assim. Isto é que é nobre! A sela se fez para as mulheres, pois que são fraquinhas.
Houve uma pausa no interessante diálogo. Dulce suspirava trançando as malhas do véu; Vilarzito olhava a menina à sorrelfa, e seus olhos iam dela ao parreiral. Por fim o rapazito coçou a cabeça e pareceu refletir:
— Não esqueça a chiquita que me deve uma cachucha!
— Tenho palavra, eu, D. Vilarzito, ainda que não devera ter, pois já tomou mais que o devido!
— O passado, passado! Você me deve uma cachucha, eis o certo.
— Sem dúvida, e a pagarei.
— Quando?
— Porém!... Na festa da maia!
— Está longe ainda.
— Faltam só seis dias.
— Em seis dias fez Deus o mundo.
— Que pretende você com isto?