— Ninguém sabe o que pode suceder até lá! O melhor, quer a menina que lho diga?
— Fale, D. Vilarzito.
— Pois que a menina me deve uma cachucha, podemos cambiá-la já por mais dois só...
— Mais dois!... exclamara a menina, com as faces a arder em rubor.
— Senhora, sim; não é muito!
— Com os dez que já tomou você, fazem uma dúzia! Para o primeiro dia!...
— Porém não! Lembre-se a menina que não me deu mais que um, e não foi o maior.
— Ai! são cachos de uvas os dois?
— Então! Cuidava que eram beijos! Depois, não digo que não!
— E por uvas perde você de ser meu cavalheiro! disse a menina com enfado. Não é galante, D. Vilarzito.
— Não há homem galante em jejum, ainda quando ele seja um castelhano. Quisera ver no meu lugar um que tivesse almoçado um Padre-Nosso, e jantado cruzes na boca.
— Como! Está você ainda em jejum?
Sem esperar resposta, a menina saltou ligeira como a gazela dos campos nativas e desapareceu entre