— Quer a menina amar um castelhano ou um perro?
A festa continuou, como se nada houvera acontecido de maior. O acidente passara desapercebido para a multidão; de resto era coisa tão comum um desafio nesses tempos, que por tal a gente não se abalava.
Para Dulce porém a festa estava acabada. As suas rosas de maio, como os seus risos de menina, desbotaram súbito. O vácuo que lhe deixaram n'alma os doces enlevos e as inefáveis alegrias, encheram logo as ânsias, as lágrimas e os tristes pressentimentos. Ela não pôde mais dançar sobre aquela relva; pareceu-lhe que dançaria sobre o túmulo de seu querido amigo.
Presa de viva inquietação, errava pelos campos sem tino, na esperança de encontrar Vilarzito; voltava à maia julgando ali achá-lo já; partia de novo e tornava, até que vindo a noite, foi-se a mísera ao seu humilde casalinho da margem do Tinto.
Recolhendo à camarinha, deu a moça com os olhos numa imagem de Nossa Senhora das Candeias, que então se venerava na sua Igreja de Sevilha. Dulcita ajoelhou aos pés da Virgem e