O Pedro que sentava-se a uma das mesas, e um cavalheiro rebuçado que parava na porta; depois de um instante de hesitação endireitou para o balcão. O taberneiro emborcou-se todo para falar ao novo hóspede, mas especialmente para sondar-lhe a feição através das dobras do manto.

— Preciso de falar já sem demora a D. José de Aguilar!... disse o recém-chegado com um tom vivo e imperioso.

— Dir-me-eis agora o que é mister que faça, Senhor D. Fernando de Ataíde, para que já me ponha em caminho de obedecer-vos.

Isso foi modulado pelo Brás no seu mais doce sonsonete, entre duas reverências humildes, e adubado por um sorriso, que se desfazia como torrão de açúcar.

— Ide avisá-lo que aqui estou! retrucou o cavalheiro.

— Há muito lá estaria eu correndo, senhor cavalheiro, se soubesse onde encontrá-lo.

— Se ele está em vossa própria casa, taberneiro!...

— Em minha casa, que assim a chamo com permissão