lhe o comendador que nunca, mas que o decidira a fama de sua beleza e virtudes.

— Que tem isso?

— Se o comendador não viu D. Inês e menos foi dela visto, como a ama e sabe ser correspondido?

— Não vedes que são iscas para que lhe pegueis no anzol! Quis tocar-vos no fraco!

— Talvez assim seja; mas logo que deitei os olhos a este escrito, atirei a outra parte. Lembrai-vos das justas...

— Quem, o estudante?... Não teria o atrevimento!...

— Não teve ele o de erguer olhos para D. Inês? Por que não o de arriscar tudo para possuí-la? No seu caso eu o faria! Esses ardimentos, crede-me, dá-os o coração, e não há resistir-lhes.

— Fazeis muita honra a esse rapaz, D. Fernando!... Ele deve conhecer-se para que nem um instante se lembre que D. Inês de Aguilar possa distingui-lo no pó!... Mas ainda vos digo, deixai isto por minha conta. Ou D. Lopo, ou quem quer que seja, receberá o castigo de minha mão.