Espertara ela e repassava os amargores da sua vida, quando as vibrações graves do bronze repercutiram no seu coração como ecos de vivas recordações. Lembrou-se do dia que era; conheceu qual sino reboava assim, e levada de um assomo incompreensível toucou-se e adereçou mui ligeira, sem mesmo chamar a velha Brásia. Esta só apareceu quando já estava pronta, e foi pôr os olhos nela e exclamar levando as mãos à cabeça:

— Virgem Maria Santíssima, será verdade o que veem estes olhos!... A dona ataviada para sair!

— Que espanto é esse, Brásia? Iremos à missa do Colégio!...

— Santo Breve da Marca! Com a igreja atopetada de gente como há de estar! Se por estas bandas retiradas anda o povo em pelotões, que não será no terreiro!... E então a dona que não tem costume desses apertos!...

— Pois arranjai-vos logo para que mais cedo cheguemos!...

— Mas atenda a dona. Sempre é bom tomar conselho do reverendo padre reitor!... Não custa; vou lá e torno aqui, em menos de uma ave.

— Não careço de conselho para ir à casa do