para que eles tirassem tudo e levassem! Lucas não queria nada!...
— E por que razão me fizeste tu esse mal? Assim pagas os benefícios recebidos?...
Lucas arrancou do peito um arquejo e desapareceu da sala.
Pensou Dulce que ele fugia com receio do castigo, e estimou esse acontecimento que lhe poupava a dura necessidade de ser um instante severa; logo porém lhe ocorreu que a sua imprudência podia ter comprometido o plano tão bem combinado pelo doutor. Mas o mal estava feito.
Lucas não fugira; outro era o seu pensamento. Ganhando o terreiro, aproximou-se do oitão onde estava a boca da mina; um vulto agachado se aproximava do lado oposto, que o negro logo conheceu. Era o Anselmo.
— Estão trabalhando? perguntou ele.
— Estão!
— Ainda falta muito?
— Vai ver!
A surda voz de Lucas, que se espedaçava de encontro aos dentes rangidos, devia arripiar as carnes ao filho da Eufrásia; mas o bandido estava tão