AS SYNAGOGAS Mardocheo sentado á porta do templo sem adorar Aman, a quem Assuero ludo dava, Aman forçado a levar Mardocheo em triumpho, tudo por causa de uma mulher tremula e timida, que desmaiava, salvando 60 milhões de judeus e mandara matar quinhentos inimigos, pedindo concessões identicas para as provincias.

Era a data dessa matança; festejava-se o dia em que Aman foi para o patibulo que preparára para Mardocheo, e o momento em que se espatifara Arisai, Phrasandata, Delphon, Ebhata, Foratha, Adalia, Aridatha, Phermesta, Aridai e Foratha.

Mas daquelle livro sagrado, entre aquellas illuminações, a fé destillava a suprema delicia. Era como se cada palavra recordasse os banquetes dados aos principes nos atrios do palacio ornado de pavilhões da côr do céo, da côr do jacintho e da côr da assucena; era como se cada periodo abrisse a visão das columnas de marmore, dos leitos de prata couro e dos pavimentos embutidos, onde esmeraldas rolaram...

Nós estavamos apenas numa sala estreita que fingia de synagoga, no fim da rua da Alfandega.


 

Paris. — Tip. Garnier Hermanos, 6, rue des Saints-Pères.