— 63 —

— A' que horas chegou Emiliana?

— Acordou-me, batendo á porta pouco antes de romper o dia e veio só a pobresinha por essas ruas....

— Onde está ella?

- No sotão.

— Minha tia. desde hontem á noute que não como, nem durmo; acorde a negra, e mande preparar-me alguma cousa para cear, em quanto vou ver Emiliana.

— Ah, menina! porque não disseste logo?

Fernanda não tinha fome, mas queria subir só ao sotão, pobre sotão que constava de uma unica sala, baixa, e de telha vã.

Emiliana estava estendida em um antigo catre, e dormia somno as vezes agitado por contracções nervosas: defronte do catre eslava aceza uma candeia sobre uma caixa de páo.

Fernanda sentou-se aos pés de sua filha e contemplou-a com enternecimento, e dôr ao notar-lhe os olhos inflamados, os cabellos em desordem, o rosto contrahido, e os braços com manchas de contusões.

De subito Emiliana estendeu os braços, pareceu