LXIX. SÃO PAULO

Jantaram em Taubaté. Era noite, quando o trem parou na Estação do Norte, na capital paulista.

Rogério já dissera aos companheiros que só passariam em São Paulo aquela noite e a manhã do dia seguinte, até às nove horas: tomariam o trem para Santos, onde almoçariam, e depois embarcariam para o sul, porque o paquete devia sair às três horas.

Da Estação do Norte até o centro da cidade, transportou-os um bonde elétrico.

— Este bairro paulista — explicava Rogério, logo ao mover-se o bonde, — chama-se “o Brás”: é populosíssimo, e quase exclusivamente habitado por italianos; aqui residem, em grande parte, operários. Vejam que multidão, que vida! É quase toda italiana a colonização de São Paulo. É uma raça boa, inteligente, dotada de vivo gênio de iniciativa. Os italianos têm feito muito pelo progresso do Estado.

Chegando ao centro urbano, Rogério tomou conta de dois quartos, num hotel; depositadas as bagagens, saíram os três.