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TRISTEZA


Dizes que meu amôr te encanta a vida,
Teus alvos dias, teus nocturnos sonhos;
Mas tens a face de prazer tingida,
Teus labios são risonhos!

Não podem florescer o amôr e o riso
Nos mesmos labios: da paixão o fogo
Mata as rosas do rosto, de improviso
Gera a tristeza logo.

Olha: minh’alma é pallida e tristonha,
Minha fronte é nublada, e sempre afflicta;
Entretanto uma imagem bem risonha
Dentro em minh’alma habita.