mais cruel destino, a qual me entregou aos bárbaros, que me venderam; e sabendo estes quem eu era, e que o príncipe Arnesto me buscava, receiando as circunstâncias deste caso, se o segredo se descobrisse pelo mesmo capitão, que me cativou, davam importante prêmio a quem me tirasse a vida, o que disseram se executara com os poucos, de que tiveram notícia, e que existiam da minha comitiva, crueldade, de que só reservaram o marinheiro, que lhes descobriu quem eu era; e como para maior infortúnio me reservou o fado, não se animando Pafo a fazer aquela impiedade, me ofereceu ao serviço do Rei; e ignorando a razão, por que intentavam matar-me pediu que me ocupassem fora da Corte, onde bastaria a proteção da Majestade para me defender daqueles contrários. Padeci mil infortúnios, sofri os contrastes, a que me sujeitou a maldade dos homens, não tendo alívio na mágoa, com que me lembrava da crueldade, que experimentaria minha amada filha, que havia ficado em casa do mesmo indigno capitão e igualmente havia chorado a desgraça da consorte, que é essa a quem chamais Delmetra. Não me foram insuportáveis os enredos, com que fui perseguido, nem as falsidades, com que já em outro tempo me culparam; mas não poderei