o fado, e não será justo que também tome parte nos vossos eu sou o que devo confessar-vos toda a consolação, que aqui tenho, pois me tirou a vossa companhia das mãos da exasperação; e para vos ser agradecido, não consentirei que nos acompanheis, para não tomar parte nas nossas infelicidades. Não temo (lhe respondeu Albênio) os rigores da sorte mais adversa, porque dos maiores já eu tenho larga experiência, e me recolho para um país, que não é daqui distante; e quando chegar ao lugar, que seja oposto ao vosso caminho, serei obrigado a deixar-vos. Não poderemos fazer caminho continuado, (lhe disse Delmetra) nem talvez próprio para os vossos intentos, porque nos havemos de demorar, onde nos convidar a soledade com as sombras para o descanso; e não só vamos fugindo à desgraça, que nos segue, mas também como delinqüentes nos retiramos dos que nos buscam; este segredo vos confia a minha agradecida vontade, pois nos convém não levar mais companhia, ou rumo, que o que o nos permitirem as estrelas; mas sempre levaremos na memória a bondade, com que nos quereis acompanhar. A estas palavras cedeu Albênio, despersuadido de que o admitissem na sua companhia, e no dia seguinte se despediram, continuando