ficou admirando o que podiam conter estas palavras, e não conhecendo Arnesto pelo muito, que estava quebrantada a sua gentileza, que também destruíam algumas cicatrizes, deu lugar ao reparo de Albênio, que continuou, dizendo: Como não conheceis o infeliz Arnesto? que depois de haver chorado uma perdida esperança, entendendo (como todos) que a tormenta do infausto dia e vosso embarque vos teria dado no mar a sepultura, sabendo que em Esparta havia quem dava notícias vossas, e que vos acháveis com vossa família em uma cruel servidão, fui consultar o luminoso Deus para sair a buscar-vos, o qual me respondeu, como Júpiter, quando saíste paras Delos, conforme se divulgou: vai, que o silêncio, e a fortaleza te hão de dar a vitória. Ajudando mais esta causa a meus bem nascidos extremos, para oferecer de cada vez mais vivos sacrifícios, embarquei em Atenas encoberto, indo para Esparta; como os que a impulsos de seu amor desprezaram as vidas, deixaram as pátrias, e abandonaram Impérios: cheguei a Esparta, onde gemiam os povos oprimidos com uma cruel fome, e peste. Achava-se aquele porto guarnecido de gente, que indo logo às embarcações, alistavam a todos os que vinham por seus nomes, e pátrias; quando foram à minha, perguntaram,