donde eu era o Antreo, meu especial confidente, que lhes disse era Cretense; e principiando a desgraça a tomar-me os passos com fatalidades, apenas o ouviram, trataram de meu desembarque, e me levaram a Palácio com festivas demonstrações, acompanhado de sonoros instrumentos, e inumerável povo, que cheio de alegria se regozijava, dizendo que estavam acabadas as suas opressões, pois dissera o oráculo, que a fome, e peste se aplacaria com o sangue dos que tinham levado a peste, e que este enigma acusava três Cretenses. Neste cruel conflito invocava eu continuamente os Deuses, para que me inspirassem o salvar a vida. Cheguei à presença da Majestade, que com agradável soberania que disse:
Gentil Cretense, a quem os Céus haviam destinado para salvar ao meu povo, os do teu país trouxeram peste a Esparta; e tendo amanhã sacrificado, nos deixarás saúde, fazendo caminho para os Eliseos bem aventurados, pois foste aqui mandado para vítima de tão importante sacrifício. Não se verificam em mim, Senhor, (lhe disse) os Cretenses, que esperáveis, pois conforme o que dizeis devem ser três. Os Deuses (me respondeu) costumam servir-se de que os mortais dêem princípios a abrandar a sua ira;