cumprimentadas de formalidade, Arnesto com lágrimas de saudosa consolação recebeu uma carta de Anteo, a qual era escrita na forma seguinte:
A vós, Príncipe Arnesto, enviamos nosso contentamento, amor, e respeito, pois vos devemos a nossa felicidade, e rogamos aos Deuses consoladores que vos assistam.
Ouvindo-se aqui as notícias de vossa chegada a Tebas, se revelaram todos os vossos segredos, e que os seus soberanos acharam bem experimentada a fidelidade dos vossos vassalos, e bem crescidos os frutos de os ter governado com amor, paz, e justiça (que tudo Bireno mantinha em boa ordem), e qual fora a vossa entrada em Delos, e a celebridade do vosso suspirado consórcio. Julgai qual seria a consolação, com que eu me lembrava de nossos misteriosos infortúnios, quando este povo agradecido rompia em vozes expressivas do mais fiel contentamento, dizendo na presença da sacra estátua de Apolo:
O Deus luminoso, já vemos que eram vossos influxos, com que amávamos a Arnesto! Já vemos que era imagem vossa a luz, com que nos atraía! Já vemos que eram suaves raios do Céu as vozes, com que nos persuadia