a bem obra! Já vemos que era influxo Divino o ardor, com que amávamos as suas virtudes! E quem, senão uma imagem vossa assistida de Júpiter, e Minerva nos faria amar a concórdia, que é origem do aumento, e desprezar a discórdia, que tudo consome? Quem nos faria estimar a brilhante espada da justiça? Quem com a capa de uma desgraça fora argumento da mais elevada virtude? Só o que nascendo para reinar, e nos foi por vós enviado para o remédio de nossas dilatadas tribulações.

Donde viria homem mortal, que sem vislumbres de Divindade nos fizesse tão suavemente obedecer às leis, amar as letras, exercitar as virtudes, buscar a sujeição, contemplar nos soberanos, sujeitar aos trabalhos, e honrar os Deuses, mais que aquele, que concebendo os maiores pensamentos, não perdia instante de cogitar sobre o bem deste povo, que parecia respirava pelo coração de Arnesto? Ó luz eterna! Ó Deuses benignos, assisti-lhe, e defendei da contrária fortuna, para que seja sempre honra da pátria, e glória dos vassalos! — Com estas exclamações saíam do Templo, e não descansavam de cantar louvores vossos, reconhecendo as causas, de que procediam as vossas amáveis circunstâncias.