a para seu esposo, as obrigou a deixarem as inocentes Pastoras, e continuarem a sua peregrinação.}}
Em uma fresca tarde, quando as aves cantando saudosas se despediam das luzes de Febo, saía de Belino Corinto, e entrava em Argos, onde determinava descansar dos trabalhos, com que havia caminhado desde que saíra de Atenas; e guardando a ordem de fugir ao porto, em que naquele Reino desembarcara cativo, por não ter conhecido, procurava ocultar a liberdade nas duras prisões do temor. Chegou à boca de uma brenha, que se compunha de grandíssimos penedos, pelo quê, fazendo-lhe horror a negra sombra, estava imóvel; e vendo que um vulto vinha de dentro como a buscá-lo, lembrando-lhe que podia ser alguma fera, o natural receio o inclinava a que temesse, e a recordação de sua pouca fortuna o aconselhava a que não fugisse. Quando ouviu uma voz, que dizia: Quem és, o que dúvidas entrar no frio centro deste rochedo, que eu habito? Não temas, nem fujas: se és racional, chega a consolar a quem nesta sepultura paga tributo à desgraça. Não seja maior em ti o efeito da covardia que o da