misturado com cal e gesso. Ali, o Somno nunca se deita : caminha com olhos esbugalhados, implorando o Tempo.

*

Apezar de se ver, constantemente, o magro Espectro da Fome e o livido Phantasma da Sêde, pouco caso se liga ao tratamento que dão no Presídio. O que gela e mata inteiramente, é que, cada pedra que levantamos durante o dia, á noite se transforma no nosso proprio Coração.

Com as sombras da Meia-Noite pairando eternamente no Coração, e o crepusculo no cubiculo, cada qual, no seu Inferno separado, desfia a corda alcatroada, que lhe dão por tarefa, e faz gyrar a roda... Então, o Silencio amedronta mais que o som dos sinos de bronze !...

LXXII