então humores pútridos pelas narinas, boca e ouvidos, que a deixavam com todos os sinais de morta.
Tais sofrimentos mais e mais acendiam em sua alma a fé, cuja luz brilhava majestosamente sobre a sua resignação como uma auréola. Inflamava-se-lhe o espírito nos fervorosos desejos de ser freira professa e de votar-se ao Senhor como esposa do Céu. Daí veio o entregar-se com sua irmã à prática da vida religiosa, com determinada hora de oração e penitência, freqüência de sacramentos, silêncio e retiro, sem que faltasse aos deveres de respeito e obediência para com sua mãe, de circunspeção e gravidade para com as pessoas de fora, ocupando o mais do tempo nos cuidados domésticos.
Ao fervor religioso das duas meninas reuniu-se a devoção de seu irmão José, e desde então se entregaram livremente aos transportes do amor divinal. Já por esse tempo D. Maria Lemos Pereira tinha passado a segundas núpcias, e seu novo estado concorreu para que se afrouxassem os rigores de sua oposição; veio então Jacinta a adquirir, graças à intervenção de seu tio Manuel Pereira Ramos, a chácara denominada da Bica, contígua ao monte da capela da Senhora do Desterro, e dela tomou posse no mês de março de 1742, e na madrugada do dia 27 do mesmo mês se retirou para ela levando consigo a imagem do Menino Deus. Francisca acompanhou-a ao seu retiro, e desde esse dia disseram adeus aos lares paternos e a tudo quanto as prendia ao mundo,