dom Cipriano da Santíssima Trindade, que antevendo o escândalo, que se poderia dar luta, que se começava a travar entre as encontradas opiniões, proibiu a celebração da missa na capela da Piedade, sob o pretexto da falta de régia licença, com o fim de acabar com as numerosas romarias. Os afeiçoados, porém, da irmã Germana, crentes sinceros e de boa fé, não só se apressaram em oferecer as suas casas, como que vieram à corte do Rio de Janeiro solicitar a necessária licença. Germana lhes agradeceu de todo o seu coração, mas preferiu ir com a sua irmã para a casa de seu confessor, homem de certa gravidade, já avançado em anos, não destituído de instrução, e que habitava por aqueles arredores. Alcançada a licença, abriu-se de novo a capela, e no seu rústico campanário tornou a soar o sino, anunciando o regresso da irmã Germana, e convocando os fiéis e os curiosos para a missa, e para a contemplação dos milagrosos êxtase da santa da serra da Piedade.
Daí em diante começou a manifestar-se novo prodígio; todas as terças-feiras experimentava a irmã Germana êxtase de algumas horas, seus braços deixavam a sua natural posição e se conservavam cruzados sobre as costas da enferma. Os devotos explicavam este novo fenômeno com a coincidência do dia, pois é na terça-feira, que se oferecem à meditação dos fiéis os sofrimentos de Jesus Cristo, ligado à coluna.
Aos nacionais juntaram-se peregrinos estrangeiros,