de Barros, ou os cantos de Camões lhes recordassem os antigos feitos, e lhes reanimassem o extinto fogo do amor da independência nacional. Não assim o Brasil, frágil colônia, que apenas contava século e meio de existência, ou menos ainda, se preferirmos e época de sua povoação à do seu descobrimento, e ei-lo que sem contar os seus guerreiros, sem medir as suas forças se alevanta como um gigante e traz por trinta anos (1624 a 1654) uma luta gloriosa, combatendo pela sua integridade contra a conquista holandesa! Em vão o desempara a Europa, que o deixa sem socorros; em vão as potências de além-mar celebram armistícios, que suspendem as armas no meio da vitória: a guerra continua acendida pelo amor da pátria; a vitória coroa os seus esforços nas Tabocas e nos Guararapes, e o mundo testemunha os feitos de valor e heroicidade, repetindo ainda hoje com assombro os nomes dos Vieiras, dos Camarões, dos Negreiros, Henrique Dias e Rebelos!
Era na verdade um espetáculo novo ver como um povo ainda pequeno soubera tão nobremente manter a integridade da nacionalidade brasileira!
Exemplo às gerações vindouras, que jamais consentiram que se retalhe a herança sagrada!
Já a esse tempo Portugal tinha recuperado a sua independência, e D. João IV se assentara no sólio dos Afonsos, mas o cavalheirismo e a heroicidade dos antigos tempos fanaram-se para sempre. Às aclamações patrióticas de além-