Com mão já sem vigor soltando o leme
Entre as salsas escumas desce ao fundo;
Mas na onda do mar, que irado freme,
Tornando a aparecer, desde o profundo:
“Ah Diogo cruel!” disse com mágoa,
E sem mais vista ser sorveu-se n’água.
Choraram da Bahia as ninfas belas,
Que nadando a Moema acompanhavam,
E vendo que sem dor navegam delas
A branca praia com furor tornavam:
Nem pode o claro herói sem pena vê-las
Com tantas provas que de amor lhe davam;
Nem mais lhe lembra o nome de Moema
Sem que ou amante a chore ou grato gema.
Se Diogo Álvares foi com efeito à Europa, breve tempo demorou-se na esplêndida corte da França, se é que passou de Diepe, onde fora unicamente fazer batizar a gentil Paraguaçu e legitimar à face da Igreja a sua união, tanto mais que a tradição diz que voltara no mesmo navio. Regressando à América, aqui o veio encontrar Francisco Pereira Coitinho, a quem D. João III acabava de galardoar os serviços prestados na Índia doando-lhe uma das mais riquíssimas capitanias em que dividira o Brasil.
O donatário Francisco Pereira Coitinho aportou na Bahia em 1537; Caramuru ajudou-o na fundação da sua colônia, mas os portugueses, longe de aliarem-se aos selvagens, romperam em encarniçada luta; o vencedor dos povos indiáticos viu eclipsar-se o esplendor de