Que de um monstro inumano, lhe declara
A mão cruel me trata desta sorte;
Porém, que alívio busque a dor amara,
Lembrando-se, que teve uma consorte,
Que por honra da fé, que lhe jurara,
À mancha conjugal prefere a morte.
À fé, o divino farol que nos guia a eternidade, deve o Novo Mundo a sua civilização, o seu progresso e a sua liberdade; mas essa luz pura e celeste não penetrou nas belas florestas da América, não desceu por seus caudalosos rios, nem subiu as suas altíssimas cordilheiras levada somente, como se pensa, por esses famosos padres que, triunfando de todos os obstáculos, fizeram ouvir a voz do Evangelho no próprio festim da antropofagia dessas horas bárbaras entre os próprios bárbaros.
A mulher que baixara do Calvário ao lado do padre depois do tremendo sacrifício, tinha também direito à glória de tão santa missão, e pois Damiana da Cunha realizou em nossa pátria tão sublime tarefa.
Os caiapós a reconheciam por sua soberana, os homens civilizados chamavam-na a neta do cacique; mas a posteridade designa-a por mulher missionária, e essa designação equivale a uma apoteose.
Essa tribo bravia, valerosa e intrépida, conhecida