preferiu a morte à desonra, e como mansa ovelha, coroada das flores do sacrifício, deixou-se degolar pelo pérfido assassino, que lhe abriu as portas da glória ao som dos hossanas dos santos e inocentes mártires.
Tomou de um anjo as cintilantes asas,
E para o Céu voou!
Ah! E quantas mulheres, ávidas da palma do martírio, não invejariam a sua morte! Como um epitáfio bem merecido, um poeta, filho do majestoso Amazonas, Bento de Figueiredo Tenreiro Aranha, inspirado pela sublimidade do assunto, escreveu sobre a sua sepultura estes maviosos, estes sublimes versos, que arrancam suspiros e ais à alma mais estóica, e que se não podem ler sem que os olhos se umedeçam de lágrimas, sem que a alma fique possuída de um não-sei-quê de saudade e compaixão, e que, para nos servirmos da frase de Victor Hugo, são qual doce e longínquo som, que se escuta ainda por muito tempo:
Se acaso aqui topares, caminhante,
Meu frio corpo já cadáver feito,
Leva piedoso com sentido aspeito
Esta nova ao esposo aflito, errante...
Diz-lhe, como do ferro penetrante,
Me viste por fiel cravado o peito
Lacerado, insepulto e já sujeito
O tronco feio ao corvo altivolante.