Eras o idyllio de um amor sublime.
Eras a gloria, — a inspiração, — a patria,
O porvir de teu pai! — Ah! no entanto,
Pomba, — varou-te a flecha do destino!
Astro, — engulio-te o temporal do norte!
Tecto, cahiste ! — Crença, já não vives!
Correi, correi, oh! lagrimas saudosas,
Legado acerbo da ventura extincta,
Dubios archotes que a tremer clarêão
A lousa fria de um sonhar que é morto!
Correi! Um dia vos verei mais bellas
Que os diamantes de Ophir e de Golgonda
Fulgurar na corôa de martyrios
Que me circumda a fronte scismadora!
São mortos para mim da noite os fachos,
Mas Deos vos faz brilhar, lagrimas santas,
E á vossa luz caminharei nos ermos!
Estrellas do soffrer, — gottas de mágoa,
Brando orvalho do céo! — Sede bemditas!
Oh! filho de minh’alma! Ultima rosa
Página:Cantos e phantasias.djvu/86
— 80 —