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Que n’esle solo ingrato vicejava!
Minha esperança amargamente doce!
Quando as garças vierem do occidente
Buscando um novo clima onde pousarem,
Não mais te embalarei sobre os joelhos,
Nem de teus olhos no ceruleo brilho
Acharei um consolo a meus tormentos!
Não mais invocarei a musa errante
N’esses retiros onde cada folha
Era um polido espelho de esmeralda
Que reflectia os fugitivos quadros
Dos suspirados tempos que se forão!
Não mais perdido em vaporosas scismas
Escutarei ao pôr do sol, nas serras,
Vibrar a trompa sonorosa e leda
Do caçador que aos lares se recolhe!

Não mais! A arêa tem corrido, e o livro
De minha infanda historia está completo!
Pouco tenho de andar! Um passo ainda
E o fructo de meus dias, negro, podre,