celebre entrevista. E eu responderei com as palavras de Parnell.
Taes cousas passam-se no seculo XIX. E o povo inglez não as sabia: pelo menos eram-lhe contadas de tal modo que, em logar de piedade, só sentia colera.
E isto é exacto. Os males da Irlanda eram conhecidos pela voz dos seus agitadores. Mas estes homens, desde O’Connell cometteram sempre o erro de misturar as queixas d’um proletariado opprimido ás aspirações d’independencia nacional: de sorte que a Inglaterra não attendia á reclamação dos trabalhadores pela irritação que lhe causavam as exigencias dos patriotas. O povo inglez não póde ouvir fallar em que a Irlanda se separe, e se constitua em republica: mas está prompto a ordenar que se lhe dê um justo regimen de propriedade.
O erro dos Fenians foi confundir a questão nacional com a questão agraria: o rendeiro miseravel apparecia então aos inglezes com o aspecto de um rebelde á União; e envolvendo-os ambos no mesmo odio, porque lhes suppunha identicas ambições, suffocou sem discernimento, a voz que só pedia pão e a voz que reclamava autonomia.
E todavia o povo inglez sentiu sempre instinctivamente que a Irlanda soffria. Muitas vezes pediu para ella uma reforma das leis agrarias. Era, porém,