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CARTAS DE INGLATERRA

um pedir vago, sem cohesão: mais a expressão de sensibilidades feridas do que a intimação da vontade nacional.

De sorte que os parlamentos, sahidos das classes que têm interesse em manter a Irlanda na miseria, contentavam-se em fazer reformas de detalhes, reformas insignificantes e imperceptiveis, para dar uma satisfação á compaixão ingleza: e o regimen antigo ficava inatacado como d’antes. Mas isto bastava para que alguns humanitarios dissessem com um suspiro de allivio: «Emfim lá se fez alguma coisa pela Irlanda!» De facto não se tinha feito nada.

Era, pois, necessario que a questão da propriedade fôsse separada da questão da independencia: que se fizesse um movimento legal dentro da constituição, com o fim exclusivo de terminar os abusos dos land-lords, calando toda a ideia de arrancar a Irlanda ao Reino Unido. Então haveria a certeza de que o povo inglez, vendo a questão agraria e os seus horrores, isoladamente, no seu relevo proprio, desembaraçada das declamações rebeldes e das agitações separatistas — determinasse dar a tantos males, e tão antigos, um remedio radical. Foi isto que tentou a Liga Agraria.

Esta carta é longa: e apresentando esta formidavel entidade — a Liga Agraria, eu devo fazer como o illustre Ponson du Terrail, quando introduzia um