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CARTAS DE INGLATERRA
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que se celebrassem funeraes publicos na Abbadia de Westminster — disposição estranhavel n’um homem que mais que tudo amou a pompa e os grandiosos ceremoniaes; mas não teve tambem o lugubre scenario da morte, os crepes, as plumas negras, as tochas, os fumos, as caveiras bordadas — tudo isso que deveria ser tão antiphatico ao seu luminoso espirito. Foi sepultado no seu querido Castello d’Hughenden, no meio das arvores do seu parque, por uma fresca manhã de maio, na capella toda ornada de flôres como para uma alegria nupcial; o caminho que lá levava ia por entre jasmineiros e rosaes; em vez do dobre dos sinos de Westminster teve o gorgeiar das suas aves; e o caixão, seguido pelos principes de Inglaterra, por todos os embaixadores, pela aristocracia que ella governára — desapparecia sob corôas, ramos e molhos de primroses, que a rainha Victoria mandára, com estas palavras escriptas pela sua mão: «As flôres que elle amava.»

Depois, ao outro dia, em todas as cathedraes da Inglaterra, em cada capella rustica, o clero fez do pulpito o elogio de Lord Beaconsfield; nas universidades, nos institutos, nas academias, os professores commemoraram aquella carreira soberba; pelas platafórmas dos meetings, nas assembléas commerciais, em qualquer parte onde se juntam homens, alguma voz se ergueu a honrar os seus serviços e o seu genio;