Perante esta resposta dada ao seu ultimatum, a Europa ficou, se me é licito este dizer irreverente — de orelha murcha. E então tomou a decisão das grandes crises; delegou diplomatas que se sentaram em torno de uma mesa de panno verde, e enterraram pensativamente a cabeça entre os punhos. Chamou-se a isto a Conferencia de Constantinopla. O seu fim, todo louvavel, era resolver a questão do Egypto.
E ainda lá está, fina e subtil, a resolver! Alexandria ardeu, deixou de existir; o canal de Suez é patrulhado por canhoneiras inglezas; o general Sir Garnet Wolseley marcha sobre o Cairo; a terra do Egypto é terra britannica — e ella ainda lá está, a resolver!
Quanta habilidade n’aquella assembléa! N’aquella assembléa quanta auctoridade! Ainda lá está...
Ainda lá está, á margem das aguas doces do Bosphoro, em torno da mesa de panno verde, com a cabeça enterrada entre os punhos!...
Depois de reunida a Conferencia, a Europa, naturalmente, lembrou-se que o Egypto é ainda uma dependencia dos estados do Sultão, paga tributo ao Sultão, e que portanto ao Sultão competia ir restabelecer a ordem nos seus agitados dominios.
Questão obscura e embrulhada, esta das relações do Egypto com a Turquia.
É o Khediva um principe vassallo? A diplomacia